sábado, 11 de maio de 2013

Trabalhos avançados Academia­ de Pescas do Namibe


Vladimir Prata | Namibe,  Helma Reis| Luanda e Ericsson Cabral


Matéria Parceria Youtubetv Namibe e Jornal de Angola


Fotografia: Rogério Tuti - Youtubetv 

A secretária de Estado das Pescas, Maria Antónia Nelumba, confirmou o arranque, para breve, da segunda fase das obras da Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe, enquanto as aulas têm início em 2015.
“Os contratos foram assinados, os pagamentos foram feitos, os materiais estão encomendados e a empresa que está a executar a obra já retomou os trabalhos, tal como a empresa fiscalizadora”, disse a secretária de Estado na quarta-feira, durante a visita ao local das obras, na cidade do Namibe.

Acompanhada pela subsecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros da Polónia, país que financia o projecto, a secretária de Estado referiu que estão reunidas as condições para o início da segunda fase do empreendimento.
As obras vão durar perto de 18 meses e em seguida é ministrado um curso de adaptação, sobretudo em língua inglesa, uma vez que muitos dos manuais e equipamentos a serem usados pelos alunos estão escritos em inglês. “Também vamos fazer testes de avaliação de nível. Depois disso, em 2015, começam as aulas para os demais cursos que a Academia vai leccionar”, explicou.

A Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe começou a ser construída em 2008 pela empresa polaca Navimor. O projecto inclui a instalação no local de seis faculdades, centro de treino e salvamento, biblioteca, residências para estudantes e quadro docente, centro de processamento de pescado, 30 laboratórios temáticos, entre outros empreendimentos.A secretária de Estado justificou o atraso na conclusão das obras com questões “burocráticas”, como a demora na emissão de cartas de crédito. “Só agora foram reunidas todas as condições para a aplicação do contrato. Temos a certeza que o prazo de 18 meses vai ser cumprido”, disse.

O Executivo incluiu no Programa de Investimentos Públicos deste ano o estudo para a reabilitação do Instituto Médio Hélder Neto, no Namibe, que vai servir de suporte à futura Academia de Pescas.
O contrato é assinado nos próximos dias e o empreiteiro começa, a seguir, a elaborar o projecto de execução para que, em 2014, as obras comecem.
A subsecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Beata Stelmach, realçou o facto de este ser o maior projecto, no âmbito da educação, realizado por um país da União Europeia em Angola, e que é de grande importância para as relações entre os dois países.Destacou ainda a utilização de tecnologias de última geração, como a instalação de simuladores de navios que permitem ensinar os futuros alunos a navegar, simulando de forma fiel o uso de um navio em alto mar.


“A transferência de saber e alta tecnologia da Polónia para Angola constitui um aspecto muito importante desta relação, permitindo que os formandos desta academia possam concorrer no mercado de trabalho internacional, com técnicos e profissionais formados nos mais altos padrões de ensino”.

Construção

A subsecretária de Estado dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Beata Stelmanch, afirmou ontem, em Luanda, o interesse do seu país em contribuir na reconstrução de Angola com tecnologias avançadas de construção. Beata Stelmanch, que falava durante um encontro com o secretário de Estado para a Construção, António Flor, apresentou propostas de cooperação nas áreas de construção civil, formação profissional e projectos comunais. “As propostas empresariais podem constituir uma oferta muito atraente para uma produção de qualidade”, sublinhou e espera uma boa colaboração do Executivo para se concretizarem as vontades dos dois países.
O secretário de Estado  mostrou a sua satisfação com as propostas apresentadas. “Tomámos nota de tudo que foram as experiências da Polónia que têm semelhanças com a nossa realidade”, realçou, lembrando que a Lei de Contratação Pública  dita a forma como as empresas são selecionadas para as empreitadas.
A cidade do Namibe possui um défice de faculdades, e a maioria dos alunos     que concluem o ensino médio são obrigados a deslocarem-se para outras províncias e muitas das vezes não voltam e fixam residência nas mesmas causando uma grande falta de profissionais de ensino superior na província.

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