No Namibe o hóquei em patins já era uma modalidade disputada na época que foi colônia portuguesa. O pavilhão do Atlético do Namibe ficava lotado, ao abrigar os torcedores, nas décadas de 60 e 70. Atletas como Carlos Chulupa e José Sampaio se destacaram na província antes chamada de Moçâmedes.
A cidade recebe este ano, junto com a capital do país, Luanda, o Campeonato Mundial Masculino de hóquei em patins. Um adepto, Manuel Fernandes, de 66 anos, disse que muitos jogadores locais serviram a seleção nacional e confirmou os pavilhões cheios. “Os campos enchiam muito, porque os atletas faziam espetáculo”, completou o torcedor.
Dois clubes trabalham na cidade com a formação de pequenos atletas, entre 6 e 12 anos, o Atlético e o Ferroviário. Algumas instituições empresariais apoiam a iniciativa na província. O Benfica de Namibe pretende abrir uma escolinha também, objetivando tirar os miúdos das ruas.
Álvaro Vieira é uma das pessoas a incentivar o hóquei local, após a independência. Atletas do Namibe levaram Angola a participar pela primeira vez de um Campeonato Mundial da modalidade.
O presidente da Associação Provincial de Patinagem de Namibe, APPN, Zeferino Guto, declarou que a associação pretende expandir o desporto na localidade. “Vamos, nos próximo tempos, apresentar um programa para dinamizar e massificar a modalidade”, concluiu Guto.
Para Guto, a retomada do hóquei em Namibe ocupará o tempo dos pequenos meninos da cidade. Além disso, eles se tornarão mais competitivos. A associação tem 100 crianças inscritas, mas apenas 40 participam dos trabalhos. Espera-se que, com mais treinadores a chegar a Namibe, as outras 60 crianças comecem a praticar o hóquei.
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