O bispo do Namibe Dom Dionísio Hisilenapo afirmou, neste sábado, que a província do Namibe tem povos que até ao momento não conhecem o cristianismo, havendo assim a necessidade de os fazer chegar o evangelho de Cristo e socializá-los através do sistema de ensino e saúde pública.
Falando à Angop parceira da Youtubetv Namibe, o prelado disse tratar-se de povos autóctones denominados “ovacuvale e ocacuissi”,que pelas suas características antropológicas, não se adaptaram ao modernismo social que se pretende. Citou as localidades de Virei, Kamucuio, Kuroka (Tombwa) consideradas como áreas não assistidas na prática do cristianismo.
“ Esses povos precisam também do evangelho. Preocupa-me bastante como atingir essas pessoas para serem evangelizadas e assistidas através do ensino académico e assistência médico medicamentosa, através de postos médicos.
“ Estamos a lutar para mandar missionários para as respectivas áreas, preocupa-nos também a sua instrução. Onde está uma igreja tem de haver uma escola e um posto médico”, disse.
O bispo fez lembrar que a primeira missa da igreja católica, momentos depois a entrada dos primeiros colonos à antiga baia de Moçâmedes (actual Namibe), foi celebrada na Fortaleza de São Fernandes,em Novembro de 1849.
Segundo ele, este acto, marcou o início do cristianismo a nível da região sul do país, que compreende as províncias do Namibe, Huila, Kunene e Kuando Kubango.
De acordo com Dom Dionísio Hisilenapo, Namibe nasceu cristã e desde sempre foi uma cidade marcada pela fé e pelas tradições das festas do mar. Para o prelado, as festas do mar, eram o colorar do mundo católico e mitologias ligadas ao mar e a título de exemplo fez notar que os pescadores não podiam ir ao mar sem receberem a bênção.
Dom Dionísio Hisilenapo é o segundo Bispo da diocese do Namibe, que subsistiu Dom Feliciano Mateus, falecido por um trágico acidente, meses depois da sua indicação e criação da referida diocese em 2010.
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