Hóquei em patins
Várias pessoas encaram a realização do 41º campeonato do mundo de hóquei em patins, de 20 a 28 de Setembro em Luanda e Namibe, como oportunidade de Angola se mostrar ao mundo na vertente política, social, organizativa e desportiva.
Numa ronda feita pela Angop, em Luanda, a cada cinco entrevistadas da classe jornalística, bancária, estudantes universitárias, quínguilas, funcionárias públicas e gastrónomas demonstrou que as angolanas depositam esperanças de bom desempenho da selecção, além de considerar ser ocasião singular dos participantes e turistas confirmarem uma Angola em desenvolvimento. Os ganhos da paz como circulação de pessoas e bens, recuperação das vias rodoviárias e ferroviárias no âmbito do programa de governo de reconstrução nacional foram tidos como primeira garantia da boa imagem dada a ver aos estrangeiros, além da cultura, turismo e a forma dos angolanos de serem bons anfitriões demonstrada nos africanos de basquetebol (2007), andebol (2008) e futebol (2010). Eulália Farinha de Sousa Arcanjo, sub-gerente bancária, destacou a importância de Angola albergar o evento pela primeira vez no continente em 40 edições, bem como os ganhos económicos, sociais e culturais. Sobre o primeiro (económico), afirmou que a vinda de estrangeiros vai permitir que tenham uma visão concreta sobre a economia nacional, admitindo a hipótese de estabelecimento de parcerias empresariais entre angolanos e visitantes de outros países. “Angola vai ganhar novos empreendimentos, novos projectos financeiros rumo ao desenvolvimento que se pretende cada vez maior”, frisou a bancária, para quem o combinado nacional pode qualificar-se entre as quatro melhores do mundo, pelo desempenho na preparação e por jogar em casa. A jornalista Josefa Tomás, do Jornal dos Desportos, afirmou que será a oportunidade para dissipar dúvidas quanto à realidade de paz efectiva desde 2002 e o confirmar do processo de reconstrução nacional com o desporto a ganhar novas infra-estruturas. A editora da área de modalidades do diário desportivo considera que, a jogar com o apoio do público, a selecção pode melhorar o 11º posto da edição de 2011 em San Juan (Argentina), acreditando ser possível ficar entre os cinco primeiros do mundo. Referiu que a publicidade já devia ser mais visível quando faltam três meses para o evento, mas enalteceu a iniciativa do governo de baixar os preços dos hotéis e transportes aéreos por considerar importante incentivo para os turistas. A cozinheira Catarina dos Santos Simões, mais conhecida por Mamã Cuiba, defendeu que a organização deve providenciar uma feira para exposição da cultura nacional, conjugando amostras e vendas de peças artesanais e de quitutes representativos de diversas províncias do país. A gestora de cozinha referiu que os angolanos têm condições de fazer história no campeonato, mas só o facto de organizar já é o maior ganho que se podia esperar, porque os estrangeiros vão conhecer a realidade da nova Angola em paz. Por sua vez, a funcionária da secção de educação física e desporto escolar da Direcção Provincial da Educação de Luanda Sara Tavares disse que Angola será naquele período o centro das atenções do mundo, apontando as infra - estruturas desportivas e hoteleiras, bem como a massificação como os grandes ganhos com o evento. Afirmou que em termos de massificação já é visível nas ruas a disponibilidade dos jovens para a prática do hóquei em patins, tal como aconteceu em anos atrás com algumas referências de hoje, nomeadamente Kaissara e Sony. Para ela, a federação deve aproveitar formar monitores de modo que num período curto se possa tirar proveito da organização do evento, devido a “febre” do hóquei que já se verifica e a construção de três pavilhões em Luanda e Namibe (para o mundial) e de Malanje, para o torneio “José Eduardo dos Santos”, em Agosto. Luzia Guimarães, estudante universitária, defendeu maior atenção no pós-mundial para que todo investimento em hotéis e recintos desportivos seja aproveitado ao máximo com o surgimento de novos clubes. Enalteceu o governo pela organização da prova de elevado custo financeiro, numa altura de reconstrução nacional, onde as prioridades são inúmeras. “Tudo isto deve servir de incentivo para maior trabalho em projectos de desenvolvimento como a formação de treinadores e a construção de institutos superiores do desporto em todo o país”, frisou a futura economista. Teresa da Costa, comerciante informal de moeda estrangeira, vulgo quínguila, vê nisso oportunidade de incremento do negócio, a julgar pela experiência de outras grandes realizações no país, a última das quais o CAN de futebol em 2010. Vendedora no mercado dos Congolenses, município do Rangel, referiu que em termos gerais os ganhos serão muitos, partindo do princípio de que estarão em Angola pessoas de diversos países, muitas com desconhecimento sobre a paz, circulação das populações por terra e sobre a reconstrução nacional. Imprimir Indicar |
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Mundial inédito em Angola visto no feminino
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