sábado, 1 de junho de 2013

GOVERNADOR DO NAMIBE ZANGADO COM O ELENCO QUE ENCONTROU E AMEAÇA EXONERAÇÕES.

Governador Do Namibe
Namibe Rui Falcão Pinto de Andrade, mostrou-se recentemente desapontado com o desempenho da Administração Municipal do Namibe e ameaçou exoneração do seu titular Armando Valente. Logo a primeira vista ao estado da capital da Província, Rui Falcão mostrou-se claramente indignado com o que viu, que na sua óptica contrasta claramente com o que lhe foi dado a ouvir. Na reunião de balanço da sua primeira visita de 3 dias ao Município sede de 20 à 22 de maio, o Governador teceu duras críticas ao elenco que encontrou, especialmente ao Administrador Armando Valente, chegando a classificar o ritmo de trabalho que encontrou de inércia, tendo ido mais longe, ao referir que existem no Município sede problemas pendurados faz tempo nas prateleiras.“É esse apelo que eu deixo à todos quantos trabalhem na Administração ao nível da nossa Província: Se nós próprios nos tirarmos da inércia em que entramos, nós vamos resolver muitos problemas que estão aí, pendurados nas prateleiras. Então, o momento é de viragem, o momento é de mudança, vamos recuperar o tempo perdido”. Embora não tenha determinado o tempo para cada um trazer ao de cima as suas capacidades, conforme havia feito o seu antecessor Isaac dos Anjos, Rui Falcão, fez um aviso sem contemplações e nem mesmo os vice Governadores foram poupados. “Não poderemos funcionar, se um dos vice não souber o que o outro está a fazer. Só nesta percepção geral é que nós podemos contribuir. No de mais, cada um vai puxar a brasa para sua sardinha e vamos andar sempre em direcções diferentes, quando não mesmo opostas. Ora, eu não sei funcionar nesses moldes. Para mim, a equipa tem que estar entrosada, toda gente tem que saber qual é o nosso programa, qual é o nosso rumo, quais são os nossos objectivos, quais são as nossas metas”. Para Falcão, Governar é ciência, inventar é outra coisa. “Nós não temos hoje que inventar, seja o que for. Quando nós estamos a falar da necessidade de arrumarmos melhor a nossa sala de visitas e a nossa sala de visitas é a cidade do Namibe. É aqui onde nós vamos receber todos quantos nos visitem. Ora, se nós tivermos na envolvência da cidade elementos agradáveis, elementos que valorizem a própria Administração, nós estamos por esta via a dignificar o espaço onde nós exercemos a nossa actividade”. 

O Governador Rui Falcão, fez um veemente apelo ao seu pelouro, em relação a necessidade da responsabilidade de pautar pelo trabalho a favor da população, um apelo reforçado pela palavra de alerta, segundo a qual, quem não tiver oxigênio suficiente para corrida que se impõe, não vai cortar a meta. “Neste tipo de equipas só ficam aqueles que se disponibilizam a trabalhar, quem se quiser manter na inércia, vai se auto afastar, vai se autodemitir. Nós não vamos demitir ninguém, alguns hão de se auto demitir” sentenciou.
Refira-se que enquanto decorria a primeira visita do Governador Rui Falcão, duas semanas depois da sua tomada de posse que aconteceu a 11 de maio, a população do chamado bairro Tinguita chorava pelas suas casas demolidas, sem condições de reassentamento, deixando ao relento em época de cacimbo inúmeras famílias. No momento desta reportagem, flagramos o trator da Administração Municipal do Namibe a destruir residências neste bairro. Os visados, dizem que foram apanhados de surpresa e as demolições decorreram sem o mínimo de respeito pelos seus haveres, que foram enterrados com as paredes. “Chegaram uns Senhores da Administração as 9 horas, dizendo que as 16 horas vão partir as casas. Chegando 14 horas, começaram a demolir as nossas casas. Há casas onde partiram algumas coisas e quem vai indemnizar? O Governo tem que ver isto, aqui vivem pessoas e não cães, com este frio ficar na rua! Governo tem que ver isto mesmo”, clamou uma das vítimas. Ainda Segundo nos foi dado a conhecer no local, estas demolições começaram já há alguns anos, mas lamentam que muitos que saíram daquela zona, estão vivendo no chamado bairro “Kamatondo” em casotas feitas de pedaços de chapas vulgo “Kachikukus”, sem condições básicas de vida. Uma das moradoras daquele sítio de reassentamento, não poupou as lágrimas ao falar a nossa reportagem, retratando o sofrimento em Kamatondo. “Já mudamos no ano passado. Quando demoliram as nossas casas, compramos chapas e construímos casotas de chapas, que chamamos de Kachikukus, mas lá não há escolas, nem água. As crianças estudam muito distante e diariamente temos de gastar com a passagem das crianças para escola 400 kz. Por favor, pedimos ao novo Governador, para colocar a mão na nossa situação, estamos mesmo a sofrer, lamentam. Na tentativa de ouvir a Administração Municipal do Namibe, não tivemos sucesso. 

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