Cultura quer dinamizar cinema no Namibe

 

	Directora da Cultura do Namibe, Euracema Lopes

Namibe – A Direcção Provincial da Cultura no Namibe tenciona impulsionar e dinamizar o sector do cinema e teatro, com a construção ou reabilitação de infra-estruturas a partir de 2014.

 

Segundo a directora local da Cultura, EuracemaMajor Lopes, a localidade conta actualmente com três salas de cinema, sendo que apenas o Cine Namibe está em funcionamento.

 

"Temos o Cine Namibe, a funcionar normalmente, o Cine Empala, que requer alguma reabilitação, e o Cine Tômbwa, que também não está a funcionar", explicou a responsável, em entrevista à Angop.

 

Disse estar em curso um programa de reabilitação do Cine Tômbwa, incluído no Plano do Governo relativo ao ano de 2014, sem avançar eventuais datas para o arranque e final das obras de restauro.

 

Entretanto, assegurou que as autoridades do sector já discutiram o projecto com os responsável do sector das Finanças e lançaram o concurso público para adjudicação da obra. Tudo já foi aprovado.

 

"Isso já foi aprovado e consta no Plano de Desenvolvimento para 2014. É bastante complexo falar em datas. Mas há que ter em conta que os cinemas têm características específicas e obras de arte. Podem levar algum tempo para serem reabilitados", comentou.

 

Em relação ao mercado cinematográfico, a directora disse haverem alguns artistas que  trabalham localmente, sem precisar números.

 

Informou, por outro lado, que a direcção provincial controla 15 grupos teatrais, predominantemente no município sede (Namibe).

 

"Nos cinco municípios temos grupos potencializados, com ênfase ao município sede. Mas não podemos descartar o potencial de outros como o Tômbwa, onde o grupo Zila Tê tem estado a abrilhantar-nos nas sessões do Conselho de Auscultação do Governo. Os grupos de Camucuio também estão muito bem preparados", referiu.

 

Exemplificou que Camucuio teve, por altura de uma recente formação, uma das melhores professoras.

 

"O ministério quer fazer uma campanha de prospecção de algumas pessoas, nas 18 províncias, na faixa de 16 a 24 anos, para poderem ser formadas na Escola Nacional de Dança, como bolseiros. Em cada província estão a pedir apenas quatro pessoas e na área de teatro a jovem indicada foi de Camucuio", sustentou.

 

Disse haver no Namibe poucas salas para a exibição, sendo que o Cine Namibe acolhe maior parte das apresentações.

 

"Os grupos mais unidos exibem-se em quintais, porque a província ainda não tem casas de cultura ou outros espaços que possibilitem fazer este tipo de ensaios. Mas há a cultura do teatro aqui na província", assegurou.

 

Os grupos, precisou, exibem-se mais no período de férias, de forma semanal, sendo que na época de aulas a média de exibições ronda uma peça por mês.

 

Apontou a questão da linguagem e a escolha das temáticas como o maior problemas dos grupos, tendo recomendado maior diversificação.