quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Angonabeiro passa a fornecer açúcar aos voos da TAAG

(Foto: D.R.)

A primeira entrega de açúcar aconteceu há duas semanas, mas a empresa já fornece à transportadora aérea de bandeira os cafés Delta e Ginga há mais de um ano.
A Angonabeiro, empresa de direito angolano, distribuidora de cafés, começou há duas semanas a fornecer o açúcar que empacota para os voos da transportadora aérea nacional (TAAG). De acordo com José Beato, director- geral da empresa, na primeira encomenda foram entregues 2.500 kg de açúcar e igual quantidade de café Delta, sem no entanto revelar os valores monetários que envolvem o negócio.
O açúcar da Angonabeiro vem assim juntar-se aos cafés Delta e Ginga servidos a bordo dos voos da TAAG, há mais de um ano. O açúcar, explicou José Beato, de origem brasileira, é fornecido à Angonabeiro pela empresa angolana Angoalissar. Sem avançar o volume de negócios realizado pela empresa no primeiro semestre deste ano, limitou- se a dizer apenas que a perspectiva é de que, até ao final do ano, se atinja um crescimento de 30%.
Acrescentou que o mercado angolano representa já 7% da facturação global do grupo português Nabeiro, do qual faz para a Angonabeiro. Fábrica de Cacuaco tem capacidade para 5 mil kg/dia A fábrica de Café da Angonabeiro, localizada no município de Cacuaco, Luanda, tem uma capacidade instalada de torrefacção de 5 mil quilogramas de café por dia. Segundo o director da Angonabeiro, Angola tem a segunda maior fábrica de processamento de café, depois de Campo Maior, em Portugal, sendo que “as operações da Angonabeiro são a segunda, em termos de importância para o grupo, fora de Portugal, a seguir ao mercado espanhol”.
Deu conta de que no ano passado a empresa comprou 800 toneladas de café verde em Angola e que parte do produto foi torreada e comercializada em território nacional, enquanto a outra parte serviu para a exportação. “Uma das razões que nos levaram a apostar no mercado angolano foi, primeiro, reabilitar a fábrica em Cacuaco, comprar o café aos produtores locais, torrá-lo cá e relançar a produção. O segundo compromisso é continuar a comprar mais café e exportá-lo para Portugal”, explicou.
O café nacional, que é exportado para Portugal, depois de torreado, num processo que leva quatro dias, é incluído no lote de cafés e chá que a empresa comercializa nos continentes americano, africano e europeu.
Entretanto, o responsável acredita que a produção nacional de café devia ser potenciada. “Se tivéssemos mais café, mais conseguiríamos exportar. O que eu costumo dizer aos agricultores e a todas as entidades com quem trabalhamos é que, se houver mais café em Angola, vamos exportar mais”, frisou. Beato é de opinião de que o Governo, ao diversificar a economia nacional para se libertar da dependência do petróleo, devia apostar mais, também, no vasto potencial que existe na produção de café.

Youtubetv Namibe

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