A primeira entrega de açúcar aconteceu há
duas semanas, mas a empresa já fornece à transportadora aérea de
bandeira os cafés Delta e Ginga há mais de um ano.
A Angonabeiro, empresa de direito angolano,
distribuidora de cafés, começou há duas semanas a fornecer o açúcar que
empacota para os voos da transportadora aérea nacional (TAAG). De acordo
com José Beato, director- geral da empresa, na primeira encomenda foram
entregues 2.500 kg de açúcar e igual quantidade de café Delta, sem no
entanto revelar os valores monetários que envolvem o negócio.
O açúcar da Angonabeiro vem assim juntar-se
aos cafés Delta e Ginga servidos a bordo dos voos da TAAG, há mais de um
ano. O açúcar, explicou José Beato, de origem brasileira, é fornecido à
Angonabeiro pela empresa angolana Angoalissar. Sem avançar o volume de
negócios realizado pela empresa no primeiro semestre deste ano, limitou-
se a dizer apenas que a perspectiva é de que, até ao final do ano, se
atinja um crescimento de 30%.
Acrescentou que o mercado angolano representa
já 7% da facturação global do grupo português Nabeiro, do qual faz para
a Angonabeiro. Fábrica de Cacuaco tem capacidade para 5 mil kg/dia A
fábrica de Café da Angonabeiro, localizada no município de Cacuaco,
Luanda, tem uma capacidade instalada de torrefacção de 5 mil quilogramas
de café por dia. Segundo o director da Angonabeiro, Angola tem a
segunda maior fábrica de processamento de café, depois de Campo Maior,
em Portugal, sendo que “as operações da Angonabeiro são a segunda, em
termos de importância para o grupo, fora de Portugal, a seguir ao
mercado espanhol”.
Deu conta de que no ano passado a empresa
comprou 800 toneladas de café verde em Angola e que parte do produto foi
torreada e comercializada em território nacional, enquanto a outra
parte serviu para a exportação. “Uma das razões que nos levaram a
apostar no mercado angolano foi, primeiro, reabilitar a fábrica em
Cacuaco, comprar o café aos produtores locais, torrá-lo cá e relançar a
produção. O segundo compromisso é continuar a comprar mais café e
exportá-lo para Portugal”, explicou.
O café nacional, que é exportado para
Portugal, depois de torreado, num processo que leva quatro dias, é
incluído no lote de cafés e chá que a empresa comercializa nos
continentes americano, africano e europeu.
Entretanto, o responsável acredita que a
produção nacional de café devia ser potenciada. “Se tivéssemos mais
café, mais conseguiríamos exportar. O que eu costumo dizer aos
agricultores e a todas as entidades com quem trabalhamos é que, se
houver mais café em Angola, vamos exportar mais”, frisou. Beato é de
opinião de que o Governo, ao diversificar a economia nacional para se
libertar da dependência do petróleo, devia apostar mais, também, no
vasto potencial que existe na produção de café.Youtubetv Namibe
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