terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Aprovado programa do Carnaval 2014 no Namibe

O programa do Carnaval, edição 2014, na província do Namibe, já foi aprovado pelo governo da província na sua primeira sessão ordinária realizada esta segunda-feira.

Falando hoje, terça-feira à imprensa, a directora provincial da cultura, Euracema Ambrósio, afirmou que o desfile provincial está marcado para o dia quatro de Março e vai ter lugar na Marginal.
Irão desfilar 26 grupos carnavalescos, sendo 14 de adultos e 12 infantis, bem como dois blocos de animação.
Segundo o Euracema Ambrósio, a indumentaria foi entregue aos grupos e dentro de algumas dias irão embelezar a cidade com a distribuição de alguns panfletos nas principais artérias da cidade, sobretudo no local onde será palco o indulto.
Em termos de apoio institucional, a responsável da cultura na província assegurou que a sua direcção colocou à disposição dos grupos que irão desfilar, para além da formação que os grupos se beneficiaram muito recentemente.
O grupo carnavalesco Espírito Santo, na classe de adultos, é o detentor do título, enquanto na classe infantil está em posse da Escola Pioneiro Zeca.

Namibe: Orçamento da província está avaliado em mais de 30 biliões de kwanzas

Namibe - As despesas previstas no orçamento do governo da província do Namibe para 2014 estão avaliadas em trinta e dois biliões, 844 milhões, 555 mil e 952 kwanzas, distribuídos pelos 58 órgãos públicos dependentes e unidades orçamentais.

RUI FACÃO PINTO DE ANDRADE - GOVERNADOR DO NAMIBE
A informação consta no comunicado final da primeira sessão ordinária do governo da província do Namibe, realizada hoje sob orientação do governador, Rui Falcão.

De acordo com o comunicado, o Programa de Investimentos Públicos (PIP) está orçado em cinco biliões, 195 milhões, 222 mil e 309 kwanzas, sendo a maior parte dedicada aos sectores do urbanismo, com 38,5 porcento e educação com 22,7 porcento.

O documento salienta ainda que o Programa Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza prevê a construção de infra-estruturas sociais, orçadas em 623 milhões, 663 mil e 328 kwanzas.
Matéria parceria Youtubetv Namibe e Angop

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Angola: Presidente da República termina visita de trabalho ao Namibe

 O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, deixou por volta das 16h40 a cidade do Namibe, onde realizou uma visita de trabalho de algumas horas, tendo orientado uma reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros.

PR TERMINA VISITA AO NAMIBE 
FOTO: EVARISTO JOAQUIM
Na província, o estadista visitou o porto, ofereceu uma lancha para os serviços de capitania, meios diversos as autoridades tradicionais, antigos combatentes, deficientes físicos e aos jovens.
Integraram a comitiva do estadista, o Vice-presidente da República, Manuel Vicente, membros do Executivo e altos funcionários da Presidência da República.
Matéria Parceria Youtubetv Namibe e Angop

Executivo analisa situação socioeconómica do Namibe

A Comissão Económica do Conselho de Ministros procedeu hoje, quinta-feira, no Namibe, ao balanço da situação económica e social da província, tendo apreciado o grau de evolução dos programas e projectos que estão a ser implementados, especialmente para os que visam mitigar os efeitos da seca na região.


REUNIÃO DA COMISSÃO ECONÓMICA DO CONSELHO DE MINISTROS
FOTO: PEDRO PARENTE
Na sua 3ª sessão ordinária na sede do Governo Provincial do Namibe, sob orientação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a Comissão Económica apreciou, com destaque, o Programa Especial de Desenvolvimento Agro-pecuário, as obras do Porto Comercial do Namibe e de requalificação da Zona Ribeirinha, as obras na ponte sobre o rio Giraúl de Cima e na Estrada Nacional 280.
 
Foram igualmente avaliados os programas de edificação da Zona Económica Especial e do Centro Logístico da Região Sul, de Infra-estruturas Integradas da Cidade e Zonas de Expansão Urbana, a construção do Hospital Sanatório, a distribuição de água e energia eléctrica para os quatro mil fogos habitacionais construídos pela SONIP e a construção da Central Energética para a Indústria, que visa aumentar e melhorar a qualidade de consumo induzidos pelo desenvolvimento económico e social da província.

A Comissão Económica prestou particular atenção ao memorando sobre a mitigação dos efeitos da seca no Namibe e nas províncias do Cunene, Benguela e Cuando Cubango.
Deste, segundo o comunicado de imprensa, os participantes tomaram conhecimento da elaboração de estudos de viabilidade e projectos básicos para a construção de infra-estruturas hidráulicas nas províncias do Cunene e Namibe,  bem como de outras medidas estruturantes, no âmbito do plano de gestão integrada da bacia do Cuvelai, que visam combater os efeitos da seca na região sul do país.
Durante a reunião foi também prestada informação sobre o ponto de situação da negociação do Projecto Integrado Mineiro-Siderúgico de Kassinga, Kassala e Kitungo.

Foram ainda apreciadas as propostas de concessão do Corredor Ferroviário do Lobito, dos terminais portuários de contentores, minério e porto seco do Porto do Lobito.
A nota indica que a Comissão Económica tomou conhecimento do plano de actividades e do orçamento do fundo soberano de desenvolvimento de Angola para o ano 2014.
No domínio da política monetária, a Comissão Económica tomou conhecimento das medidas do Banco Nacional de Angola em relação a circulação da nova família de notas de kwanza, bem como da criação de um expediente flexível para o pagamento antecipado de importações. 
A comissão tomou igualmente conhecimento da informação sobre o cronograma de actividades para a revisão anual do rating soberano, que deverá ocorrer nos meses de Março e Abril de 2014

Presidente realça importância da reabilitação de infra-estruturas portuárias

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, considerou fundamental a reabilitação das infra-estruturas portuárias, rodoviárias e ferroviárias da região do Namibe, para superar os problemas relacionados com o desenvolvimento económico e social da província.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
FOTO: PEDRO PARENTE
Ao falar na abertura da 3ª sessão ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, que decorre na província do Namibe, José Eduardo dos Santos, disse que a reabilitação dessas infra-estruturas deve ser acompanhada da melhoria na gestão das cidades e das zonas urbanizadas.
Afirmou que o Caminho de Ferro de Moçamedes é uma infra-estrutura fundamental para a exportação de minérios, tendo realçado que actualmente o país exporta granito e mármore, mas há a perspectiva da reactivação da exploração de ferro.
Esses projectos de grande dimensão, prosseguiu o Presidente, e de natureza estruturante, podem servir para configurar planos de desenvolvimento, não apenas provinciais, mas regionais e sub-regionais.
“Quero dizer que o Namibe precisa de um programa de desenvolvimento, alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento, tal como a Huíla, inspirando-se no modelo da província do Cuando Cubango”, frisou.
Referiu que o alinhamento de todos os programas, incluindo o de desenvolvimento do Cunene devem constituir peças essenciais na configuração com o plano de desenvolvimento regional.
Disse ser da responsabilidade do Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial elaborar os programas de desenvolvimento provinciais e a sua configuração com o programa de desenvolvimento sub-regional.
Segundo o Presidente, o mesmo pode ser visto para o corredor do Lobito (Benguela), que liga a província de Benguela à província do Moxico e países vizinhos, nomeadamente, a República Democrática do Congo e a Republica da Zâmbia.
Na reunião, que decorre na sede do Governo Provincial do Namibe participam também os governadores da Huíla, João Marcelino Tyipinge, e do Cuando Cubango, Higino Carneiro.
Matéria Parceria Youtubetv Namibe e Angop

População saúda efusivamente Presidente da República

 Milhares de pessoas afluíram, na manhã desta quinta-feira, ao aeroporto e distintas artérias da cidade do Namibe, para saudar o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que realiza uma visita de trabalho de algumas horas à província.

CIDADÃOS ANGOLANOS NA RECEPÇÃO DO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, AO NAMIBE
FOTO: PEDRO PARENTE
Depois de reinaugurar o  aeroporto local, rebaptizado como "Welwitchia Mirabilis", centenas de cidadãos desejaram as boas vindas ao estadista, que encabeça uma comitiva da qual fazem parte o vice-presidente da República, Manuel Vicente,  membros do goveno central e local.
A caminho da sede do governo provincial, onde preside uma reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, outras milhares de cidadãos enchiam a rua conhecida como a rua do governador.
Professores, membros de associações estudantis, profissionais de distintos ramos e trabalhadores de toda função pública foram mobilizados para a recepção condigna do Presidente da República, que vai aproveitar a sua estada nesta cidade para presidir a sessão da Comissão Económica do Conselho de Ministros.
A cidade está engalanada com bandeiras de diferentes cores e pelas ruas os sons dos diferentes grupos tradicionais ajudam a dar maior colorido a todo este momento.
Esta deslocação é igualmente vista, por distintos sectores no Namibe, como uma mola para impulsionar alguns projectos na região.
Na província, o Chefe de Estado vai ainda visitar infra-estruturas de interesse económico e social.
Matéria Parceria Youtubetv Namibe e Angop

Reinaugurado aeroporto do Namibe rebaptizado "Welwitchia Mirabilis

O aeroporto do Namibe, reabilitado e ampliado, foi, nesta quinta-feira, reinaugurado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, passando a designar-se "Welwitchia Mirabilis"", construído em 1960, que passou a chamar-se depois da Independência Nacional, Yuri Gagarine, em homenagem ao astronauta russo.


PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, REINAUGURA AEROPORTO WELWITCHIA MIRABILIS
FOTO: PEDRO PARENTE
Após a inauguração, o estadista percorreu as distintas áreas das instalações, acompanhado pelo governador do Namibe, Rui Falcão, e de outros altos funcionários do Estado angolano.
As obras de reabilitação e ampliação iniciaram há cerca de dois anos e estão avaliados em 90 milhões de dólares.
A pista tem dois mil e 500 metros de comprimento e 45 de largura, que permite aterrar aviões do tipo IL-66 e Boeing 737-700.
 Na placa podem estacionar três aeronaves 737 duma só vez.
Na sala de desembarque está montado um tapete rolante, e segundo fontes da ENAMA, empresa gestora dos aeroportos no país, outros equipamentos poderão ser instalados nos próximos dias para melhorar a prestação de serviços aos passageiros.
 Estão igualmente apetrechados e mobiladas as salas de embarque e desembarque, bem como as do protocolo de Estado.
Existem ainda espaços para lojas de apoio as agências de viagens e para a comercialização de bens diversos e para restaurantes
Os serviços de bombeiros,serviços da alfandega, emigração,policia de fiscalização, têm espaços nele reservado.

Presidente da República no Namibe

Namibe - O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, chegou, por volta das 9h30 desta quinta-feira, à província do Namibe, para visita de trabalho de algumas horas.




PR Chegada ao namibe
FOTO: EVARISTO JOAQUIM
Aguardavam, no aerporto, pelo estadista, o vice-presidente da República, Manuel Vicente, entre vários membros do governo central, desde o princípio da manhã na cidade.
A chegada recebeu cumprimentos do governador local, Rui Falcão, de representantes de autoridades tradicionais e entidades religiosas, entre população anónima.
Grupos de dança tradicionais exibiram-se, em saudação a chegada do Estadista.
De acordo com a proposta de programa, o Presidente da República vai reinaugurar o aeroporto provincial, agora designado "Welwitchia Mirabilis"e presidir a sessão da Comissão Económica do Conselho de Ministros.
Tem ainda previstas visitas a várias infra-estruturas económico-sociais da província, tais como os portos Comercial e Mineiro.

Namibe: Governador apresenta espaço para construção do "Agromeca"

Namibe - O governador da província do Namibe, Rui Falcão, procedeu, nesta quarta-feira, a apresentação do espaço onde será erguido o ?Agromeca?, infra-estrutura afecta ao Programa de Aquisição de Produtos Agro-pecuários (Papagro).

O governador Rui Falcão, que não revelou os custos da infra-estrutura, disse que com o surgimento do “Agromeca”, abre-se uma nova página no processo de crescimento e desenvolvimento da província do Namibe.   
“A partir desse espaço, os agricultores e camponeses da região terão o privilégio de aumentarem as vendas dos seus produtos e, deste modo, melhorarem as suas condições de vidas”, afirmou Rui Falcão.
O Papagro, prosseguiu, é um relevante instrumento político, económico e social inscrito na estratégia nacional do comércio rural e empreendedorismo, aprovado pelo Executivo angolano.
“Auguramos que, com o lançamento desse programa, os agricultores e camponeses do Namibe vão ver reduzidos os constrangimentos que enfrentam, sobretudo na vertente da comercialização dos produtos”, afirmou.
Acrescentou que o Papagro vai igualmente contribuir no combate à fome e à pobreza, bem como galvanizar as trocas comerciais, estimular a produção nacional e, por esta via, substituir gradualmente as importações.
O acto de apresentação do espaço contou com as presenças dos ministros do Comércio, Rosa Pacavira, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Pedro Canga, membros do governo local, directores nacionais, agricultores e camponeses.  
A província do Namibe conta com 117 associações agrícolas e 23 cooperativas, na sua maioria envolvidas na produção de tomate, batata rena, batata-doce, verduras e citrinos.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Namibe for word" é um êxito na internet!

Imagem Oficial do Namibe For Word
O Plano de desenvolvimento virtual da Província do Namibe, já é um dos mais elogiados, o plano desafiador iniciado em 2013, já vem mostrando seus efeitos.

"Namibe For Word" que segnifica Namibe para o mundo é o nome do programa levado acabo entre a Youtubetv Namibe, Agências de viagens internacionais,  Sites de Busca e Pesquisa e Governo do Namibe para divulgação e desenvolvimento virtual da Província do Sul de Angola.

Junto com as iniciativas e projetos pilotos na área de turismo que a província do Namibe vai ser inserida, o Namibe for Word será uma alavanca no que diz respeito a cidade e a província do Namibe entre outras cidades e zonas da província.Já se iniciou a enquete das sete maravilhas da Província do Namibe que irão estampar as páginas da Província, sites, agências de viagens, entre outros. No wikipédia a página da capital da província do Namibe, a cidade do Namibe que é a principal porta de entrada da província, já tem a sua página concluída com informações gerais da cidade.

A Youtubetv Namibe junto com parceiros irá criar uma ala em seu site só para informações turísticas como hotéis, pousadas, albergues, transportes, restaurantes, bares, aeroportos, rodoviárias entre outros. Dados atualizados que permitiram que o turista consiga se locomover na cidade.

Entre as prioridades do Namibe For Word, está também o contato com os Namibenses, a parceria com grupos dedicados a Província do Namibe será dentro de pouco tempo uma realidade.

Youtubetv Namibe
Ericsson Cabral


Grande Entrevista do governador do Namibe, Planos, Focos, Turismo e tudo sobre o Futuro do Namibe, Confira!

 | Fonte: Angop em parceria com Youtubetv Namibe News
O governador provincial do Namibe, Rui Luís Falcão Pinto de Andrade, disse sábado, em entrevista à Angop, que o espaço territorial que dirige tem condições mais que sufficientes para atrair investidores e turistas.

P – Sente-se bem e seguro ao leme de um navio do porte do Namibe?
 
RF – Absolutamente tranquilo. Primeiro, porque estou na minha própria terra. Segundo, porque tenho uma equipa que se vai entrosando cada vez mais e tem correspondido às minhas expectativas. Terceiro, porque há condições para nós fazermos um bom trabalho no desempenho da nossa função.

P – O que há e que mudanças pretende imprimir no sector da educação e ensino na província, à luz do plano de desenvolvimento económico e social para o período de 2013 a 2017?

RF – Duas questões distintas. Uma que tem a ver com a necessidade de, tão rápido quanto possível, abarcar o universo de crianças que existe na província. Infelizmente, do levantamento feito, temos pouco mais de sete mil crianças. Felizmente, no Orçamento Geral de Estado para 2014, particularmente no Programa de Investimentos Públicos (PIP), temos condições de fazer este ano salas de aulas para um universo superior a 10 mil. Isso dá-me algum conforto, sabendo que mesmo em 2015 este número poderá aumentar. Mas, se nós formos ágeis, podemos minimizar as dificuldades que hoje temos. Outro aspecto tem a ver já com o ensino superior e a necessidade de diversificarmos o ensino superior na província. Temos hoje, basicamente, as ciências mais teóricas. Estamos agora a tentar trabalhar com o pólo universitário no sentido de derivarmos para cursos mais técnicos, sabendo que tudo indica que em 2015 vamos inaugurar a Academia de Pescas, que integra em si mesmo mais quatro unidades de formação superior, de diversos domínios da ciência do mar. Portanto, estamos no rumo certo. Agora, é preciso continuar a trabalhar.

P – O sector de saúde respira ar puro no Namibe?

RF – Nós temos uma cobertura bastante satisfatória ao nível da província. Mas o sector carece de muitos quadros, ainda temos muitas insuficiências. Temos infra-estruturas, e algumas muito boas, ao nível das administrações municipais e nas comunas, inclusive. Mas, infelizmente, ainda temos uma carência gritante de quadros ao nível deste domínio.

P – Que percentagem da população tem acesso à energia eléctrica na província e que projectos existem com vista à melhoria do quadro actual?

RF – Nas áreas urbanas, nós cobrimos quase que 80 porcento, nas áreas peri-urbanas há ainda muitos problemas, e mesmo aqui no município sede. Decidimos este ano fazer uma derivação de fontes energéticas. Vamos tentar ao máximo rentabilizar os recursos que temos para a aquisição de energia fotovoltaica, para tudo quanto seja energia, para consumo público e a iluminação das nossas cidades, etc., derivando para o consumo domiciliar o pouco excedente que vamos tendo, sendo que este excedente é ilusório, porque quanto maior for a nossa rede, mais deficiências teremos para satisfazer a necessidade das pessoas.

Portanto, há no nosso programa uma nova estratégia. É preciso desenvolver fontes energéticas, não só para resolver o problema do consumo domiciliar, mas essencialmente para resolver o problema do consumo para o desenvolvimento. Não haverá desenvolvimento se não tivermos energia disponível, e o nosso plano de desenvolvimento provincial tem um vector de desenvolvimento preponderante para que a província saia do nível que tem hoje.

P – Que balanço faz da batalha de combate à fome e pobreza?

RF – Temos estado a fazer muito. No domínio da água, por exemplo, nós ainda este fim-de-semana levámos água a mais um bairro da cidade. É preciso continuar nesta senda. Ao nível das nossas administrações municipais, temos estado a resolver muitos problemas. Mas é preciso entender que estamos numa zona desértica. Aqui não chove há três anos e quando se ouve que há chuvas no Lubango, chuva em Luanda, aqui não caiu uma única gota. Portanto, temos de ser persistentes, mas temos de adoptar políticas realistas. Temos de sair do ciclo de emergência para a criação de infra-estruturas que deiam suporte à acção futura. E é isso que estamos a fazer. Estamos a apontar para a necessidade de um cada vez maior caudal de captação de água, no sentido de distribuir mais e melhor. É esse o trabalho que vamos fazer. Não vale a pena pensarmos noutras alternativas que não sejam criar água com volume suficiente que permita dar água às pessoas, dar água aos animais que temos, porque nós temos o segundo ou terceiro rebanho nacional de bovinos. Temos o primeiro rebanho nacional de caprinos, temos uma área agrícola que está em expansão. Precisamos alimentar todos estes sectores, para que, de forma directa e objective, possamos minimizar os efeitos da seca e, por consequência, a fome que vamos tendo.

P – O sector pesqueiro continua a ser o principal suporte económico da província?

RF – Sim, naquilo que tem a ver com a pesca familiar. A nossa ambição é muito maior. É recuperar os índices de produção que nós tínhamos ao nível industrial e mesmo ao nível da indústria transformadora. Tômbwa vai despertando do longo sono que teve nas últimas décadas e, felizmente, já há alguns investimentos que nos permitiram criar mais emprego, reduzir, ainda que de forma muita pequena, os problemas que vamos enfrentando no dia a dia. Vamos continuar a apostar nisso. Há muito boas vontades, há muita gente a querer investir no Namibe, particularmente no sector das pescas. Nós, o Estado como tal, temos de criar condições para que a indústria se desenvolva, mas que os preços no consumidor não sejam insuportáveis para esta população. É nesse equilíbrio que temos de encontrar o nosso rumo de desenvolvimento, melhorando os níveis de produção energética na província. É a saída que temos.

P – Que esforços estão a ser empreendidos com vista a encurtar as distâncias entre o Namibe e o resto do país, e a ligar a capital provincial às demais municipalidades?

RF – Felizmente, não temos essa dificuldade. Nós temos a Estrada Nacional 280 com todas as condições que ela apresenta. É uma estrada que tem de ser alargada, melhorada, porque é muito pequena. Infelizmente, a ponte pequena de Giraúl de Cima continua a não constar dos projectos de construção para este ano (2014) e provavelmente não sera, se continuarmos assim, em 2015. É para nós uma preocupação premente. Mas temos o Porto do Namibe, o aeroporto, o caminho-de-ferro e a estrada.

P – De uma forma geral, Namibe está bem servida em transportes?

RF -Está bem servida, mas é preciso melhorar a prestação. Por exemplo, no transporte aéreo é preciso honrar as frequências e os horários, sob pena de estarmos a penalizar esta província. Infelizmente, nos últimos tempos tem acontecido.

P – O porto comercial do Namibe tem respondido às exigências dos importadores e exportadores?

RF – Tem correspondido. Há uma falsa notícia que tem circulado, segundo a qual o Porto do Namibe é o mais caro do país. Isto não corresponde à verdade. Poderá haver é o próprio interesse do empresariado em levar a sua mercadoria para outros portos. No cômputo geral e dos estudos feitos, e aliás ainda esta semana recebi o PCA do porto para, exactamente, falarmos sobre esta matéria, o que existe é que o Porto do Namibe ainda está aquém daquilo que os outros portos cobram. Temos de fornecer qualidade de serviços suficientemente atractiva para que os comerciantes enviem as suas mercadorias para este porto.

P – Com o crescimento que se regista, que valências trouxe a circulação do comboio a partir da cidade costeira do Namibe?

RF – Aqui, o caminho-de-ferro é extremamente importante para nós. Não só porque nos liga a outros pontos do país, mas fundamentalmente porque nos permite uma extracção rápida da mercadoria do porto. As províncias circunvizinhas beneficiam muito do caminho-de-ferro do Namibe e, agora, com o incremento que vai haver, finalmente a economia vai começar a ter outro oxigénio para se desenvolver o mais rapidamente. É isso que nós queremos.

P – No âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento (2013-2017), Namibe predispõe-se a valorizar a pecuária. Como tem sido combatido o roubo de gado?

RF – O Namibe tem o terceiro ou segundo rebanho nacional de bovinos, mas o primeiro rebanho nacional de caprinos. Felizmente, há aqui duas vertentes. Uma vertente, roubo propriamente ditto, outra tem a ver com hábitos e costumes do nosso povo. Nesta região, para que os jovens se imponham como adultos têm de praticar alguns actos. Um desses actos é conseguir gado. Esse atrito vive-se muito no seio das famílias. Temos trabalhado com as nossas autoridades, no sentido de distinguir aquilo que é roubo propriamente dito do gado, aquele em que aparecem pessoas estranhas à província, que veem não só para roubar gado mas também matar alguns animais selvangens que nós temos. E isso é um caso. O outro caso é a nossa cultura, os nossos hábitos e costumes, pois temos de ter alguma cautela. Porém, não temos tido grandes problemas a este nível.

Camucuio e Bibala seriam os principais pontos dos efeitos do roubo. Felizmente, a situação está mais controlada do que no passado. Agora, muito dificilmente chegam notícias de roubo do gado. Isso dá-nos alguma tranquilidade.

P – Do ponto de vista económico, que atractivos exibe a província do Namibe para a fixação do investidor privado nacional ou estrangeiro?

RF – Tudo e mais alguma coisa. O Namibe é das províncias com mais condições para rapidamente atrair investidores e turistas. Esse desenvolvimento passa necessariamente pela atracção dos investidores nacionais e estrangeiros.

Estamos a fazer um esforço muito grande no sector imobiliário. Estamos com duas novas áreas de desenvolvimento urbano, o bairro “5 de Abril”, e junto da estrada para o aeroporto e na Praia Amélia. Estamos a fazer dois mil fogos em cada um desses espaços.

Isso não só vai resolver o problema que temos de habitação para os nossos quadros, mas também estamos a ver com o Governo Central a possibilidade de guardar uma parte desses espaços, para atrair investimento e, simultaneamente, trazer para a província quadros mais jovens, que até são desta província, mas que vivem noutras províncias porque aqui não temos condições de habitabilidade. É esse trabalho que estamos a fazer agora.

P – Quando estará o potencial mineralógico da província ao serviço do desenvolvimento regional?

RF – Nós somos apenas interposto, porque até o ferro é da Huíla. Nós queremos colocar na província alguma indústria transformadora, que produza meios para desenvolver a região, como o mercado imobiliário e outros. Isso é um vector. Em termos de minerais, temos a céu aberto as nossas quedas ornamentais, embora tenhamos também no subsolo outros tantos recursos.

P – Quais são os principais projectos em carteira para a dinamização do sector turístico?

RF – Nós, felizmente, estamos a fazer um trabalho muito positivo com o Ministério do Turismo. Há um plano especial que vai agora começar a ser estruturado, no sentido de desenvolvermos o turismo na nossa província.

Vamos ser, posso já adiantar, a província piloto desse Plano Nacional de Desenvolvimento Turístico. Vamos aproveitar ao máximo esta oportunidade que nos está a ser dada. Isso deve começar ainda neste semestre. Os órgãos centrais dizem que já existem meios para o projecto arrancar.

P – O mercado financeiro é fundamental para qualquer sociedade que se queira desenvolver. É visível algum apoio da banca comercial aos projectos de investidores privados?

RF – Não com o limite que gostaríamos, mas a banca ajuda. Infelizmente, uma parte substancial dos nossos empresários não tem tido a capacidade de responder aos encargos que assume e isso também faz com que os bancos receiem conceder créditos. Faz igualmente com que exijam mais condições para ressarcir os valores, e isso tem criado algumas dificuldades aos empresários. É verdade que, se, por um lado, o banco tem tido dificuldades em dar créditos, também os beneficiários do crédito têm tido muitos problemas em honrar os compromissos que assinam.

P – Os mares angolanos começam a ser pontos preferenciais de imigrantes e piratas. Há estabilidade nas águas marítimas do Namibe?

RF – Felizmente, para nós há segurança e estabilidade nos vários sectores. Temos alguns meios que nos permitem fazer patrulhamento na nossa costa. Felizmente, no decurso desta semana, vamos receber mais alguns meios. Portanto, isso vai melhorar a nossa capacidade de intervenção.

P – Como caracteriza a convivência entre os partidos políticos na província do Namibe?

RF – Aqui não há problema absolutamente nenhum. Primeiro, porque o governador não marca audiências. Estamos sempre abertos para atender qualquer situação. Qualquer cidadão pode perfeitamente dirigir-se às instituições e será atendido. Nenhum partido político aqui tem dificuldades em contactar o governador ou outro membro do governo.

P – Como está o plano provincial de requalificação do Namibe?

RF – O plano de desenvolvimento provincial aponta para a requalificação da zona ribeirinha, que parte da Praia Amélia até ao Saco Mar. Infelizmente, nesse espaço comercial está o Porto Comercial do Namibe, mas não é propriamente o porto que nos preocupa. O que nos preocupa é a linha férrea, que atravessa todo o coração desta zona ribeirinha. Enquanto ela estiver aí, estaremos com imensas dificuldades para fazer a requalificação do espaço.

Vamos agora tratar deste assunto, porque já há sensibilidade por parte de alguns órgãos centrais. Toda a gente compreende. Se, por um lado, o Namibe pode ser exponenciado em termos turísticos e servir de ‘ex-libris’ de Angola para o mundo, por outro, temos de resolver esta situação.

Felizmente, há alternattivas. E vamos colocá-las sobre a mesa nos próximos dias. Esperamos receber carinho necessário para que saiamos da situação em que estamos e entremos no processo de requalificação.

A requalificação vai abranger toda província, sobretudo nas sedes municipais e algumas comunas. Estava a referir-me àquilo que vai ser a ‘ex-libris’ do turismo em Angola. A zona ribeirinha tem condições ímpares para fazermos aquilo que muitos países já fizeram. Temos um programa que já se iniciou e a empresa vai montar o estaleiro agora.

P – E a distribuição da água potável, vê-se muita gente à procura do precioso líquido…

RF – Nos próximos dias, começam os trabalhos, com a requalificação do espaço de captação de água. Serão feitos novos furos. E, tal como anunciei no ano passado, vamos começar a montar a nova rede de distribuição de água.

É um programa de dois anos e meio e ultrapassa os 10 mil milhões de kwanzas. Apelamos a nossa população para ser um pouco paciente. Acreditamos que estamos no rumo certo. É a solução. Vamos todos sofrer um bocado, teremos muitas ruas interditadas durante algum período. Faremos tudo ao alcance para que até finais de 2016 ou princípios de 2017 tenhamos água suficiente e com qualidade para dar a toda população do Namibe.

P – Como avalia a execução do Programa Angola Jovem no Namibe?

RF – Demos início ao diálogo com os jovens e ainda temos muito por fazer. Está na minha agenda ainda em Abril ou Maio fazer novo encontro com os jovens, porque assumimos alguns compromissos e honramos já grande partes deles. É preciso ver novas preocupações para irmos em direcção à nova acção. Há esse diálogo permanente. Vamos continuar para encontrar soluções aos nossos problemas.

P – Que programas existem para a promoção da investigação no domínio da cultura?

RF – Tudo isso queremos pôr no pacote turístico. Como se sabe, o Namibe é riquíssimo em pinturas rupestres, temos águas quentes (termas), coisas maravilhosas, algumas delas muito pouco conhecidas, até porque as pessoas quando falam do Namibe falam do deserto, da welwitschia, do Arco. Nós temos muito mais para mostrar ao mundo e com qualidade. Estamos a trabalhar com os órgãos competentes no sentido de criarmos as condições para este projecto.

P – Com a estabilidade reinante no país, cresce o interesse de cidadãos estrangeiros em entrar para Angola. Nesta perspectiva, qual é o estado da imigração ilegal na província?

RF – Os órgãos competentes estão a trabalhar para evitar a entrada ilegal de novos estrangeiros, porque os que vivem aqui estão sob controlo.

P – Como homem ligado também ao desporto, sobretudo ao andebol, o que se pode esperar do desporto no Namibe e quais são as prioridades?

RF – Felizmente, não fizemos só o hóquei em patins (mundial). Realizámos também vários torneios desportivos, entre os quais o de andebol e basquetebol (supertaça). Há dias, recebi a agradável notícia de que o Ministério da Juventude e Desportos vai entregar o pavilhão do Namibe ao governo provincial. O nosso objectivo é propiciar aos jovens um espaço de qualidade, com jogos, para se desenvolverem do ponto de vista técnico. Estou a falar de técnica individual, de aprimorarem os requisitos necessários, para se tornarem atletas de alta competição. A nossa prioridade absoluta é para o desporto infanto-juvenil, na convicção de que, no médio prazo, o Namibe terá condições para ombrear com outras províncias.

P – A província por si governada é tradicional no Girabola, porém nos últimos tempos está a perder esse estatuto de participante assíduo. Existe algum projecto para recolocar o Atlético do Namibe ou Independente do Tômbwa na primeira divisão do futebol nacional?

RF – Tenho transmitido o seguinte: não basta estar na primeira divisão, não basta querer estar na primeira divisão, é necessário que os nossos clubes se organizem, de facto, particularmente do ponto de vista de administração e gestão financeira, para poderem permanecer nesses níveis. Não sendo assim, nós vamos fazer como a bola do ping-pong, ou se quisermos o sobe-e- desce todas as temporadas. Não temos nada consolidado que nos permite permanecer na primeira divisão. Grande parte por dificuldade de vária ordem, mas também por incapacidade de gestão. E a verdade é para ser dita. Portanto, são esses os trabalhos que temos estado a fazer com os clubes no sentido das pessoas ganharem consciência de que podemos chegar lá, mas de forma sustentada. As nossas estruturas têm de ser suficientemente fortes para nos permitirem permanecer nesses níveis de competição. No resto, vamos participando.

P – Que análise faz da saída do topo no Africano de Argel?

RF – Temos de ficar tranquilos. Primeiro, ainda somos primeiros no ranking, estamos muito à frente de todos os outros. Os precalços acontecem particularmente, quando estamos em período de mudança de equipa, quando estamos a projectar jovens. Ora, a inexperiência tem um preço. Mas nós estamos satisfeitos com o que fizemos, e aqui falo como dirigente de andebol. Satisfeitos na convicçao de que em 2016 o título será nosso. Os nossos júniores, que hoje estão a participar em competições internacionais como séniores, vão seguramente nos dar alegrias, tenho quase certeza disso. As nossas meninas de ouro tiveram precalço, mas tenho quase a convicção de que daqui a dois anos vamos pegar a taça de novo.

Perfil

Rui Luís Falcão Pinto de Andrade, de seu nome completo, nasceu em 2 de Dezembro de 1960, na cidade do Namibe (ao tempo antiga Moçâmedes), onde fez a instrução primária e parte da secundária, até 1971.

Continuou estudos em Luanda, onde se fixou, tendo frequentado a escola Óscar Ribas, o Liceu Paulo Dias de Novaes, actual Ngola Kiluanji, a escola de Instrutores de Educação Física de Luanda, o Instituto Normal de Educação Física (INEF) “Major Saidy Mingas” e o Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Universidade Agostinho Neto, onde obteve uma licenciatura em Psicologia do Ensino.

É pós-graduado em Marketing Político e Eleitoral.

Técnico de Cultura Física e Recreativa, exerceu vários cargos na antiga Secretaria de Estado de Educação Física e Desportos e no actual Ministério da Juventude e Desportos, onde foi director nacional de Cultura Física e Recreação.

Militar na reserva, foi, entre 1979 e 1984, oficial instrutor de organização partidária da Direcção Política Nacional das ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).

De 1991 e durante 16 anos consecutivos, foi chefe nacional da Associação de Escuteiros de Angola (AEA). Suspendeu o seu quarto mandato na organização em virtude de ter sido eleito membro do Comité Central e do Bureau Político do MPLA e deputado à Assembleia Nacional (mandato 2008-2012).

Rui Luís Falcão Pinto de Andrade foi nomeado em 6 de Maio de 2013 governador provincial do Namibe, cargo que ocupa até à actualidade. Até à altura da sua nomeação, foi deputado e secretário para a Informação e Propaganda do MPLA.
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