segunda-feira, 11 de julho de 2022

QUAL É O VALOR DA HERANÇA DEIXADA POR JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS?

José Eduardo dos Santos era o Homem mais rico de Angola


O ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos tem uma fortuna avaliada em cerca de 20 mil milhões de dólares norte-americanos

O património líquido do antigo estadista foi arrecadado durante o tempo em que esteve no poder, entre 1979 e 2017, altura que foi substituído por João Lourenço na presidência do pais e, consequentemente, na liderança do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), fundado em 1956.

José Eduardo dos Santos, nascido em 28 de agosto de 1942 e engenheiro petroquímico de formação, foi a pessoa mais influente e mais rica de Angola, e um dos mais poderosos homens de África.

Com tudo, existe um porém é uma questão que está no ar? O salário de um presidente Angolano em 2020 estava fixado em 1.024.207,74 de Kwanzas o que equivale a 2383,76 dólares Americanos. Vamos usar essa base como cálculo! José Eduardo dos Santos esteve 38 anos no poder ou seja 456 meses vezes o salário de 2383,76 sem tocar em um centavo desse falor o valor líquido sem investimentos deveria ser de 1086994,56 USD (Um milhão, oitenta e seis mil, novecentos e noventa e quatro e 56 centavos de dólar). Um presidente não pode investir em ações ou investimentos que o governo possa ter influência direta, então vamos supor que ele tivesse colocado esse dinheiro em uma poupança durante os 38 anos no poder ao final ele teria acumulado 3.091.690,42 USD porém a realidade é bem diferente e só casa em que o ex presidente vivia em Barcelona era avaliada em mais de 6 milhões de dólares, e a fortuna deixada em mais de 20 mil milhões de dólares! Mas José Eduardo dos Santos teria  uma fortuna ainda maior e usou a sua filha Isabel dos Santos para ser a sua laranja acumulando assim uma fortuna de aproximadamente 4 bilhões de dólares, um pequeno PIB. Dinheiro que foi tirado dos Angolanos e levados para paraísos fiscais. 

Mansão de José Eduardo dos Santos em Barcelona 

Em Angola tudo é um segredo e tudo é de baixo dos panos a corrupção no país prejudica 70 % dos Angolanos, pois o país poderia zerar a pobreza e ser uma das grandes potências mundiais assim como acontece com a África do Sul, Brasil, China e Rússia. 


A história de Angola

Durante três séculos, os portugueses extraíram riquezas deste país rico em minerais na costa sudoeste da África. Quase imediatamente após a independência de Angola, em 1975, várias facções internas começaram a lutar entre si pelo direito de fazer exatamente a mesma coisa.

Desse caos, que durou 27 anos, Santos, que estudou engenharia de petróleo no Azerbaijão soviético e serviu como ministro das Relações Exteriores após a independência, acabou emergindo como presidente em 1979. Ele se manteve no poder desde então, tornando-se o terceiro chefe de estado não-real mais antigo do planeta.

O presidente conheceu sua primeira esposa (ele foi casado pelo menos duas vezes), Tatiana Kukanova, enquanto estudava no Azerbaijão, e sua primeira filha – Isabel – nasceu lá.

Aos 6 anos, Isabel dos Santos já morava no palácio presidencial de Angola e, embora o estilo de vida da família não fosse exagerado para os padrões dos ditadores africanos (exceto os flertes do presidente – pelo menos cinco de seus filhos são de várias amantes), a família trouxe árvores de Natal de Nova York e US$ 500 mil em espumante importado de um restaurante de Lisboa. Havia decadência o suficiente para Isabel ganhar o apelido de “princesa”.

Durante a infância e  a de Isabel, a economia angolana estagnou, prejudicada por dois fatores: a guerra civil em curso e as políticas socialistas de Santos. “Na década de 1980, você ia ao supermercado e só havia macarrão nas prateleiras. Não havia muito lá”, diz o professor associado emérito da Universidade do Sul da Califórnia Gerald Bender, que estuda Angola desde 1968.

JOSÉ EDUARDO E ISABEL DOS SANTOS DURANTE A SUA INFÂNCIA 

Para a enclausurada Isabel, essa realidade era provavelmente invisível; ela frequentou a universidade King’s College, em Londres, onde sua mãe – agora cidadã britânica – mora, e obteve um diploma de graduação em engenharia.

No entanto, com a retomada da guerra civil no final de 1992, Isabel partiu para a capital de Angola, Luanda, às pressas, após receber ameaças de morte em Londres.

No final da década de 1990, quando a guerra civil estava terminando – um cessar-fogo foi formalmente declarado em 2002 – o presidente Santos, como os soviéticos com quem ele havia estudado na década de 1960, estava adotando uma forma de capitalismo do tipo “pegue o que você puder”.

Ao longo da década 2000-2010, Angola foi uma das economias que mais cresceram no mundo. O PIB cresceu a um ritmo anual de 11,6% de 2002 a 2011, impulsionado pela produção de petróleo, que mais que dobrou, para 1,8 milhão de barris por dia. O orçamento do governo em 2013 era de US$ 69 bilhões, quase dez vezes mais que os US$ 6,3 bilhões de uma década atrás.

Mas, previsivelmente, muito pouco do inesperado ganho chegou à população. Cerca de 70% dos angolanos viviam com menos de US$ 2 por dia em 2013. E pela própria contagem do governo, 10% da população do país lutava por comida devido à seca e ao descaso burocrático.

Então para onde estava indo o dinheiro? Comece com um presidente paranóico vitalício. O aparato de segurança do Estado suga mais fundos do orçamento do que saúde, educação e agricultura juntos.

32 bilhões sumiram da sonangol sem explicação 

Muito é claramente roubado: entre 2007 e 2010, pelo menos US$ 32 bilhões em receitas do petróleo desapareceram do livro-caixa federal, de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que posteriormente rastreou a maior parte do dinheiro para “operações parafiscais”.

Em 2013, Angola estava em 157º lugar entre 176 nações classificadas pelo Índice de Percepção de Corrupção da Transparência Internacional. Fica atrás de grandes defensores da democracia participativa, como o Iêmen e o Quirguistão. E é nesse ambiente que Isabel dos Santos surgiu com um patrimônio líquido estimado em US$ 3 bilhões.

Garota do papai: com José Eduardo dos Santos usou a sua filha como laranja e tornou uma "garota" africana a ganhar US$ 3 bilhões em um país que vivia com US$ 2 por dia


Em dezembro de 2012, Isabel dos Santos comemorou dez anos de casamento com o empresário congolês Sindika Dokolo com uma festa. Sutileza não estava no menu. Ela trouxe dezenas de amigos e parentes de lugares distantes como Alemanha e Brasil, que se juntaram a centenas de convidados locais em Angola para três dias de abundância, incluindo uma festa na Fortaleza de São Miguel, na capital Luanda, e um domingo à beira-mar com brunch na elegante península de Mussulo. O convite, segundo um dos convidados, veio em uma caixa branca e elegante, prometendo uma celebração de “uma década de paixão/ uma década de amizade/ uma década que vale cem anos. …”

Isabel vive uma vida de luxo com o dinheiro dos Angolanos 

Uma década no valor de US$ 3 bilhões. Aos 40 anos, Santos é a única mulher bilionária da África e também a mais jovem do continente. Ela conquistou rápida e sistematicamente participações significativas nas indústrias estratégicas de Angola – bancos, cimento, diamantes e telecomunicações – tornando-a a empresária mais influente em sua terra natal.

Mais de metade dos seus ativos são de empresas portuguesas de capital aberto, o que lhe dá certa credibilidade internacional. Quando a Forbes noticiou seu status de bilionária em janeiro de 2013, o governo divulgou a notícia como um tema de orgulho nacional, uma prova viva de onde este país de 19 milhões chegou.

A história real, no entanto, é de como Santos – a filha mais velha do presidente angolano José Eduardo dos Santos – adquiriu sua fortuna.

A Forbes traçou o caminho de Isabel dos Santos até a riqueza, revisando uma série de documentos e conversando com dezenas de pessoas envolvidas. O que foi possível rastrear mostrou que todos os grandes investimentos angolanos detidos por Santos vem de tirar um pedaço de uma empresa que queria fazer negócios no país, ou de um golpe da caneta do presidente (seu pai) lhe dando ações. Sua história é uma rara janela para a mesma narrativa trágica e cleptocrática que predomina em países ricos em recursos naturais em todo o mundo.

O clã da família dos Santos

Para o presidente Santos, foi uma maneira infalível de extrair dinheiro de seu país mantendo uma suposta distância. Se o presidente fosse derrubado, ele poderia recuperar os bens de sua filha. Se ele morresse no poder, ela manteria a fortuna na família.

Isabel pode, se for generosa, decidir dividir um pouco com seus sete meio-irmãos. Ou não. Os irmãos são conhecidos em Angola por se desprezarem.

“Não é possível justificar esta riqueza, que é exibida descaradamente”, disse à Forbes o ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco. “Não há dúvida de que foi o pai que gerou tal fortuna.”


“A Sra. Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada que representa apenas os seus próprios interesses. Os seus investimentos em empresas angolanas e/ou portuguesas são transparentes e foram conduzidas por meio de transações envolvendo entidades externas, como bancos e escritórios de advocacia de renome.”

O porta-voz de Isabel dos Santos também acusou o jornalista , Rafael Marques de Morais, jornalista de investigação angolano, de ser um ativista com agenda política. O governo angolano prendeu Marques de Morais em 1999 por uma série de reportagens críticas ao regime e apresentou novas acusações criminais de difamação contra ele por seu livro, “Diamantes de Sangue: Corrupção e Tortura em Angola”, lançado em 2011.

Elite Angolana no seu mais alto nível em 2015

Somente o dinheiro desviado da sonangol cerca de 32 bilhões de dólares equivalente 13749145600000,00 (treze trilhões e setecentos e quarenta e nove bilhões e cento e quarenta e cinco milhões e seiscentos mil kwanzas). Dinheiro esse que sumiu misteriosamente sem qualquer explicação, Angola conseguiria acabar com a fome e subsidiar 70 % das famílias que vivem na pobreza cerca de 10 500 000 mil famílias atingindo 21 milhões de pessoas com um auxílio mensal por família de 20 mil kwanzas durante 48 anos. 

É chocante quando falamos que esse é o valor de apenas uma empresa e que isso acabaria com a fome e pobreza em Angola, complementando a renda das famílias mais pobres. Mas a maior herança deixada pelo ex Presidente Angolano foi a fome e miséria de 70% dos Angolanos. 


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sexta-feira, 8 de julho de 2022

Morre José Eduardo dos Santos, ex-Presidente de Angola em Barcelona




O ex-chefe de Estado de Angola, de 79 anos, tinha problemas de saúde há vários anos e era acompanhado em Barcelona desde 2006. O Presidente de Angola, João Lourenço, já decretou cinco dias de luto nacional.


O ex-Presidente angolano estava internado, e em coma induzido, há alguns dias nos cuidados intensivos do Centro Médico Teknon, em Espanha.

Faleceu ex Presidente de Angola José Eduardo dos Santos 

A Presidência da República de Angola confirma e lamenta, na sua página na rede social Facebook, "o falecimento de Sua Excelência o ex-Presidente da República, Engenheiro José Eduardo dos Santos, ocorrido hoje [sexta-feira] às 11h10 , hora de Espanha certificada pelo boletim médico da clínica, em Barcelona, após prolongada doença".

"O Executivo da República de Angola inclina-se, com o maior respeito e consideração, perante a figura de um Estadista de grande dimensão histórica, que regeu durante muitos anos com clarividência e humanismo os destinos da Nação Angolana, em momentos muito difíceis", lê-se na publicação, na qual são endereçados à "família enlutada os seus mais profundos sentimentos de pesar".

Eduardo dos Santos governou Angola entre 1979 e 2017, tendo sido um dos Presidentes a ocupar por mais tempo o poder no mundo e era regularmente acusado por organizações internacionais de corrupção e nepotismo.

Em 2017, renunciou a recandidatar-se e o atual Presidente, João Lourenço, sucedeu-lhe no cargo, tendo sido eleito também pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que governa no país desde a independência de Portugal, em 1971. 

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